Por que nós nunca estamos satisfeitos com o nosso corpo?

Insatisfação com o Corpo
Insatisfação com o Corpo

Por que nós nunca estamos satisfeitos com o nosso corpo? Você já se fez essa pergunta? O tema deste vídeo será o olhar sistêmico sobre a insatisfação sobre nossos corpos e entender um pouco de onde vem os distúrbios alimentares.

Se assunto te interessa, curte aí! E já aproveita para seguir o canal. Ah! Marca e compartilha com as pessoas que você gosta e que podem tirar proveito do assunto.

Ao longo da nossa história nós fomos criando margens para determinar, o que é ou não, normal. Estar dentro desses padrões era ser considerado aceitável.

E esses padrões influenciam o nosso comportamento. Quer ver… quando encontrarmos uma pessoa na rua o nosso primeiro comentário ou pensamento é que a pessoa emagreceu ou engordou. Quem nunca agiu assim: olha lá fulana.. mas ela engordou hein!! Ou.. Olha como está magra… deve estar doente. Maldade isso.

Mas o nosso padrão corporal, vem de onde? Da genética – também! E de onde mais então? Vamos lá… qual a nossa relação com a comida? Qual a quantidade é suficiente para nos alimentar? Quais são os alimentos indicados ou excluídos da nossa alimentação. Há… e precisa considerar gosto, alergias e indisposições com um ou outro alimento. É ALGO SEM FIM!

A comida deixa de ser algo necessário ao sustento do nosso corpo e até ao prazer que nos proporciona e passa a ser tema de restrição, discórdia e doenças
Pior que isso… Com essa confusão toda, vem a insatisfação com nossos corpos.
E aí volta a ideia do que é normal e suas faixas de normalidade, mas agora com uma visão do que é ou não, saudável. E nos extremos temos: obesidade e anorexia.
E aí vem a pergunta: porque é tão difícil ter uma alimentação saudável? O alimento virou um problema?

Para as gerações anteriores o problema com o alimento, era a escassez. O pouco que tinha era dividido entre muitos. Hoje, com o excesso de comida, deixamos de lado o que precisamos, para dar lugar ao que queremos ou não queremos. E chegamos até julgar o que é certo ou errado comer. E infelizmente escolhemos nos alimentar do que de PIOR nos oferecem.

Até porque, até o que é bom, tem tantas alterações genéticas e agrotóxicos, que vira ruim. E os nossos organismos se enchem de intolerâncias, alergias e doenças. A nossa relação com os alimentos se tornou doentia.

Mas o objetivo aqui não entrar nisso. Vamos adiante.

O alimento além de nutrir, também tem toda um significado simbólico, vem carregado deles, e com uma forte carga energética que carregamos desde a nossa formação.
Já parou para pensar nisso? Eu engulo sem sentir e me encho, só para satisfazer o outro, ou nego, e não como nada, e assim posso contrariar. Ou ainda, engulo e depois coloco tudo para fora. Escondido.

E onde está o problema, na parte nutricional ou na parte simbólica que o alimento traz? E quem é esse outro que eu preciso satisfazer ou contrariar.

FOME OU VONTADE DE COMER

Quantas vezes essa vontade de comer, não é só para preencher um vazio na minha ALMA (vazio de afeto, atenção, carinho, segurança, que vem do contato com a mãe.. opa olha ela aí) e não só o meu vazio alimentar. E esse vazio… eu não preencho com alimento. Posso me fartar, que nunca estarei cheio ou satisfeito. E então, eu como mais, porque tenho medo de entrar nesse vazio, mas pior parte: é que eu já estou lá. Por fora obeso, por dentro um desnutrido. Cercado de uma camada de proteção, para não ter contato com a parte de mim que precisa ser vista: um desnutrido de alma. Vazio dos sentimentos de mãe.

Ok. Mas de onde vem este valor simbólico do alimento?

Vamos lá… Qual foi o primeiro alimento que você teve contato? E de que forma você tomou contato com esse alimento? O valor simbólico do alimento vem da nossa relação com a nossa mãe. A mãe já foi o meu alimento, já me deu alimento e depois me ofereceu alimento.
E através do valor simbólico que empregamos a nossa alimentação, é possível analisar, a relação com quem nos alimentava – nossa mãe ou a ausência dela.

Outra observação, muito importante! O que essa mãe deu para nós enquanto filho? o que era necessário ou que ela acreditava que era?

E aí… Vamos ser sinceros… não importa o quanto nós comecemos, sempre era insuficiente aos olhos da nossas mães. E se vomitasse, porque já estávamos cheios? Ah sim… isso ganhava outro colorido, e vinha acompanhado de remédio, para segurar, o que já estava a mais.
Pensa comigo… dentro de um bebê, só cabe o equivalente a sua mão fechada, em termos de volume.

Então a grande vilã da história é a nossa mãe? Em partes. Provavelmente, ela também teve problemas alimentares, vindos dos relacionamentos com suas mães e acabaram projetando em nós essas dinâmicas e ao invés de nos alimentar, alimentavam a sua própria criança, com problemas mal resolvidos na sua história.

OUTRAS DINÂMICAS

E tem a história, de quem passou muita necessidade na vida. Não tinha nada. Passou fome. E a dinâmica fica: antes eu era um desnutrido e agora meus filhos são obesos mórbidos, porque eles não vão passar, as necessidades que eu passei. Falta e excesso convergem.
DE ONDE VEM O NÃO?

Você já parou para pensar? O gesto de não, que é praticamente universal no mundo todo, vem do bebe, tirando a boca da teta da mãe e informando que está satisfeito. Mas o que essas mães fazem?

Voltam esse bebê para o seus peitos, porque acreditam, que ainda não foi o suficiente. Não respeitando os limites que a criança está sugerindo.

Esse padrão de alimentar, marcado ainda na infância, se reproduz na nossa vida até hoje. A obesidade, por exemplo, pode ser observada desde o início da nossa história.

ANOREXIA

No caso das pessoas que sofrem de anorexia existe uma dinâmica inconsciente de morrer no lugar de alguém que ela sente que deseja morrer ou partir. A pessoa com anorexia “diz a quem quer morrer”: “eu em seu lugar”. Normalmente esta pessoa é o seu pai.

BULIMIA

A dinâmica observada aqui é a de não aceitar. Ex: uma mãe diz ao sua filha: “O que vem de seu pai não presta; só o que vem de mim é bom.”

Só quando este filho conseguir tomar dos dois pais internamente, principalmente do pai, ele caminhará para cura.

Estes dois distúrbios andam juntos. Na anorexia, eu não como. Me fecho para o alimento. Não quero você. Na bulimia eu como, mas depois escondido, eu jogo tudo para fora. Vomito tudo que comi. E se eu engulo, existe algo que eu ainda estou aceitando, mas não quero você dentro de mim.

A SOLUÇÃO

Parece difícil manter o peso ideal diante de todas estas informações, não é mesmo? E de fato é bastante difícil. A boa notícia é que através da Constelação Sistêmica é possível diagnosticar as possíveis causas da obesidade e de outros transtornos alimentares e com algumas intervenções terapêuticas é possível superar essas dificuldades.

As vezes, o simples fato de tomar consciência, de onde vem a sua dor ou problema, já lhe permite olhar para isso de uma forma mais abrangente. A solução nem sempre está ao alcance do nosso campo de visão, mas ao ampliar a visão, você amplia a consciência e a sua percepção. E quanto mais você amplia, mais apto você está, para resolver os seus problemas.

Namastê

FONTE: Dr. Fernando Freitas – Consciência Sistêmica

Scroll to Top